Nos Estados Unidos, no Museum of Fine Arts de Houston, Texas, está havendo uma retrospectiva do trabalho do artista plástico brasileiro Hélio Oiticica. A exposição, que se chama Body of Color, retrata os primeiros trabalhos feitos por ele, quando ainda explorava os conceitos do modernismo.
Metaesquema no. 348/1958
Por que falar do Hélio dentro de um contexto fotográfico? Como qualquer outro processo de criação artística, saber um pouco do desenvolvimento da história da arte e dos processos pela qual ele se encontra faz um fotógrafo parar para pensar e talvez influenciar no modo como ele irá fazer sua próxima foto. Oiticica fez parte de dois grupos importantes na arte brasileira: o Grupo Frente, junto com Lygia Clark e Lygia Pape e o Grupo Neoconcreto, que ajudou a fundar. Esses dois grupos discutiram muito as noções da arte abstrata (forma de arte que não representa objetos próprios da nossa realidade concreta exterior. Ao invés disso, usa as relações formais entre cores, linhas e superfícies para compor a realidade da obra, de uma maneira "não representacional") e do neoconcretismo (sem implicar uma arte figurativa, nasce também como oposição à arte abstrata, que pode trazer vestígios simbólicos devido à sua origem na abstração da representação do mundo. Linha, ponto, cor e plano não figuram nada e são o que há de mais concreto numa pintura. A arte concreta é herdeira das pesquisas do grupo De Stijl [O Estilo], 1917/1928, de Piet Mondrian (1872 - 1944) e Van Doesburg, que busca a pureza e o rigor formal na ordem harmônica do universo. Além disso, parte de ideais da Bauhaus (1919-1933) nos quais a racionalidade deve estar presente em todos os âmbitos sociais e as conquistas da arte democratizadas pela indústria. A matemática é o meio mais eficiente para o conhecimento da realidade objetiva e uma obra plástica deve ser ordenada pela geometria e pela clareza da forma).
O trabalho de Hélio, então, é um estudo de cor e forma, mas também da sociedade, de um ponto de vista racional. Entre suas obras, uma que se destaca é Tropicália (1967), um jardim com passáros vivos entre plantas, lado a lado com poemas-objetos, cuja obra foi usada como referência de nome e de princípios para o movimento artístico dos anos 70 de Caetano Velloso e cia.
Tropicália/1967
Tropicália/1967
2 comentários:
Legal essa foto de Tropicália. Li muito sobre a instalação mas nunca a havia visto.
Vou marcar teu blog pra voltar.
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